Disco novo do Matthew Dear vem em formato bizarro

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Esta semana chegou na caixa de correio de casa um canudo de papelão. Vi que era do Ghostly International (selo que é sinônimo de boa música nova dos EUA), mas como tava no nome do Dani, esperei que ele abrisse. “É o disco novo do Matthew Dear”, ele disse, me mostrando esse objeto que você vê abaixo:

Oi? Isso aqui é um disco?

É isso. Veio nesse cano um pedaço de plástico estilizado com um bilhete: parabéns por ser ousado

Entendi a novidade. Discos estão fora de moda, e o selo resolveu vender a música no formato físico meio que de sacanagem, sem nem sombra de semelhança com alguma mídia que você já tenha comprado para consumir música. Achei interessante, uma forma de dizer “foda-se o formato”, sei lá. Achei bonitinho até que perguntei o preço da gracinha. US$ 100. Pera, US$ 100?! Oi?

É que foram feitas só 100 peças. Tá…

Acho que é a primeira vez que escrevo sobre um lançamento de um artista que eu adoro sem nem falar sobre a música. Black City, o álbum, foi lançado nos formatos tradicionais (CD, LP, download) também. E neste totem que custa cem doletas, como faz pra ouvir, você deve estar se perguntando? É simples. Tem um código na base da peça, você vai no site e baixa o álbum. Dá pra ver uma das peças sendo confeccionadas aqui neste vídeo

Em tempo: o disco é muito bom! Dá pra baixar a faixa Solid to Speed de graça aqui

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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