Direto do Nepal: Elka Andrello conta como foi a 1a Parada Gay

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Minha amigona Elka Andrello tem muita história pra contar. Lá por 2004, 2005, a gente ferveu muito aqui por Sampa, saindo quase todas as noites. Foi uma fase intensa, linda, em que o ficou de mais forte pra mim não foram os DJs que a gente viu, as festas que a gente frequentou, mas a amizade que a gente construiu. Pra ela, esta fase terminou com uma resolução: tirar um tempo para meditar no Templo Budista de Três Coroas (RS). Eu mesma fui levá-la ao aeroporto. Ela me deu um abraço forte e disse: “volto daqui a uns meses, bizinha”.

Esses meses viraram anos, a meditação foi animada e desse período em Três Coroas veio a verdadeira benção da vida minha amiga, a Grá (pelo menos agora que sou mãe, acho que é essa a maior droga de todas: o amor incondicional). Não contente com tanta coisa por que passou, a Elkinha, que é uma pequena gigante, foi mais longe. Bem mais longe: se mudou com a Grá pro Nepal.

A história dessas meninas daria um livro fácil. Enquanto isso não acontece, você pode se deliciar com o blog da Elka, Tashi Delek.

Entre as aventuras, teve uma em especial que eu pedi que ela relatasse aqui pro Todo DJ. A primeira Parada Gay do Nepal. Dá uma olhada no que deu, o texto é da própria Elka:

Kathmandu ferveu com a Primeira Parada Gay do Nepal. O país que é conhecido por abrigar o Evereste e templos hindus, abriu alas para uma massa de gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes. A parada foi acompanhada por um elefante carregando uma bandeira nas cores do arco-íris e uma banda que tocou desde músicas regionais até Shakira. O babado aconteceu na principal avenida do país, onde as bis sacolejaram montadas com saris coloridos e roupas típicas usadas pelas mulheres nepalêsas. Tudo na maior alegria e respeito. Babado forte!

A matéria completa vai sair na próxima TPM. Tô louca pra ler desde já. Enquanto isso, fico com a saudade da minha amiga e com essas fotos incríveis. Te amo, bee!

A Elkinha é um fervo até no Nepal, gente!

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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