Hoje é dia do fotógrafo. Pedimos para Fábio Mergulhão, o par de olhos oficial da cena eletrônica brasileira, indicações de 5 fotógrafos da música que você não pode deixar de conhecer
Feche os olhos. Pense no teu DJ ou rockstar predileto. Aposto que à sua mente vem uma icônica foto, feita por um artista que vive entre a música e uma lente. Eis que dia 19 de agosto se comemora o Dia do Fotógrafo.
As grandes fotos eternizam a aura de um ser humano fazendo música. São peça chave na construção da imagem de um artista. Mais do que isso, são o registro da alma, da energia, da mensagem. O que seria do The Clash sem a foto destacada desta matéria? Quão Clash foi o Clash depois deste registro?
Fabio Mergulhão está registrando os principais momentos da dance music brasileira desde que a house, o techno e o trance desembarcaram no Brasil, na primeira metade da década de 90. Registrou e registra, de ponta a ponta, todos movimentos, crescimento, rise and fall de estilos musicais roupas e cabelos.
Mergulhão, a pedido do Music Non Stop, nos indicou cinco fotógrafos especializados em música que todos os nossos leitores deveriam a conhecer. E a lista é maravilhosa.
Pennie Smith
Segundo Fabio, Pennie Smith é a responsável pela “fotografia mais foda da história da música”. O registro, que rendeu à fotografa um emprego de décadas na New Musical Express, mostra Paul Simonom prestes a quebrar seu baixo durante um show em Nova Iorque em 1979. O jogo de luz e sombras, o derradeiro momento de um baixo elétrico e o contorcionismo adolescente e performático de Paul fazem desta uma senhora de uma foto.
Bob Gruen
Velho conhecido dos fãs de rock’n’roll, Bob é uma lenda da fotografia musical. Bob começou clicando Bob Dylan no famoso festival de Newport, passou pelo fértil terreno do movimento punk novaiorquino e chegou a ser o fotógrafo pessoal de John Lennon.
Embora ele não tenha recebido por isso, em todos os bares de rock há pelo menos uma foto de Gruen. Replicada e replicada em pôsteres e camisetas. Aproveita e vai atraz de alguns dos seus vários livros. O mais recente é Right Place in the Right Time, de 2020. Aliás, o título é forado: não foi só o fato de estar “na hora certa e no lugar certo” que fizeram de Gruen um ícone da fotografia.
Mathew Smith
Matheuw Smith é o Fabio Mergulhão deles. O fotógrafo dedicou sua carreira a registrar momentos, ou flashbacks, da cultura rave em inglesa. Original de Bristol, saiu pro rolê com a câmera na mão e sabe-se lá o que na cabeça. O resultado são registros de momentos que gostaríamos (muito) de estar.
Coletivo I Have Flash
O trabalho do coletivo de fotógrafos I Have Flash é classificado por mergulhão como autoral. Há uma unidade no registro de rolês por todo o país em fotos realmente fantásticas. Passeando por sua página oficial, conferimos festas fervidíssimas de norte a sul do país, de grandes festivais a inferninhos. Um state of art das fotos de balada.
Marcos Hermes
Marcos Hermes, “consistente” sob os olhos de Mergulhão, fotografa grandes estrelas da música pelo Brasil e o mundo. Lançou o livro Brasilerô, com partes dos seus registros icônicos, como esta foto matadora de Ney Matogrosso.
Least but not last, sir Fabio Mergulhão
Obviamente, não poderíamos deixar de fora do jantar os pratos do nosso consultor. Fabio já ilustrou diversas matérias do MNS com suas fotos e é dona de um dos mais importantes registros da cena eletrônica brasuca: a foto do DJ Mau Mau fechando o festival Skol Beats, que acabou ilustrando nosso livro Todo DJ Já Sambou.