Claudia Manzo Claudia Manzo – foto: Luciana Diniz

De R&B sexy a electro rock baladeiro! Confira os lançamentos que são destaques da semana que você não pode perder

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Todas as terças-feiras Jota Wagner mergulha no laguinho de lançamentos do Music Non Stop e mordisca os mais saborosos peixinhos musicais para iluminar sua semana.

A segunda edição do ano da nossa coluna de destaques da semana segue o altíssimo padrão de qualidade Music Non Stop. Segue também, a diretriz da liberdade absoluta de referências, estilos, localidades e moralidades.  A seguir, você conhecerá música do norte, nordeste, eletrônica, roqueira, psicodélica, latina, cantada por artistas de talento e coragem.

Eu recomendo fortemente!

Destaque dos destaques: Claudia Manzo e BaianaSystem

Sincretismo musical

Paulada o novo som que a chilena Claudia Manzo e BaianaSystem apresentam, misturando música sacra, ritmos africanos, guitarradas e latinidades.  O vídeo é arte pura, dirigido por Claudia Chávez e Marcelo Pinheiro. Muita referência junta, bem colada, bem escolhida.   Sistema bom este Baiana!! E a voz de Claudia é demais!

 

Yan Niklas – Humanidade EP

Arpeggios elétricos direto do Amapá

A gravadora MEMNTGN, dos Capslockos L_cio e Paulo Tessuto, nos enviaram este excelente EP de Yan Niklas, artista paraense fã de arpeggios poderosos enviados lá da mata (pelo menos é o que nos sugerem os samples de ambientação sonora da músicas). O lançamento tem três faixa, muito ben construídas, bem alicercadas no electro.  Vale conferir

Terno Rei – Dias da Juventude

Juventude dos anos 90, que fique claro

Terno Rei jogou o videoclipe de 1979, do Smashing Pumpkings, mais a pegada de Kids, icônico filme sobre a geração 90 americana, no liquidificador e apresenta o suco visual resultante em Dias da Juventude. Molecada se encontrando, skate no pé, cigarro na mão, bombeirinho na garrafa, festa na casa dos migo, junkie food e zoação na madrugada.

A Banda dos Corações Partidos – Incolor

O amor é pálido

Difícil não dedicar carinhosa atenção a uma banda que tem “Corações Partidos” no nome. O quinteto sergipano liderado pela voz doce e sotaque delicado de Diano Velozo apresenta-nos a canção Incolor, que fala sobre os desencontros do amor. Coisa de gente de coração partido. Levada kitch, aquela que nossos pais escutavam enchendo a raba de uísque de madrugada nos bares da Av. São João.

 

Dossel e Silvia Machete

Cha cha chá!!!!!!

Na mesma levada da balada anterior é este lançamento de Dossel e Silvia Machete.  Mas esta agrega a ambiência das casas de baixo meretrício de beira de estrada com um mistério psicológico meio David Lynch. Música de quem sabe o que faz. Bom de ouvir, bom de dançar coladinho.

Conde Favela – Temas para Tempos de Guerra

Velhos conhecidos da redação com disco novo

Não é de hoje que falamos do Conde Favela. Com dez anos de estrada, a banda se encontra no auge e o lançamento do ótimo Temas para Tempos de Guerra é prova disso. Tem jazz, tem afrobeat, tem aquela pegada de trilha sonora de filme independente do Bill Murray mas, principalmente, tem muito talento e competência.

Ouve logo!

 

El Negro – Você Dançou

Electro Rock cara de pau que impressiona

Dei um singelo pulinho na cadeira quando o baixo de Você Dançou entrou, logo após a introdução da música. Desde então, o som só melhora. Divertido, dançante, com as mais bacanas armadilhas da música eletrônico no gênero que lá fora chamamos de “indie dance”.  Divertido. Bastante divertido.

 

Marô – Madame da Night

Que foda!

Não tem como deixar de fora de uma coluna um R&B brasileiro cujas letras tem versos como “A nossa foda foi foda”, dentre tantos outros cheios de gírias da rua na década de 20.  Som bem feito, groove sexy, fodedor mesmo, função das mais nobres deste gênero musical. Penso em quanto sacanagem esta música ainda vai embalar daqui pra frente.

 

 

 

 

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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