De Tim Maia a Renato Cohen, listamos 30 músicas nacionais que são um furacão em qualquer pista de dança
Algumas tarefas são duras, mas deliciosas. Compilar faixas épicas de pista de dança feitas no Brasil não foi das mais fáceis, mas certamente foi um deleite pesquisar 30 pérolas no meio de tanta música dançante já produzida neste país famoso por sua gente festeira.
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Mas missão dada é missão cumprida. E assim como temos faixas que são conhecidas no mundo todo por sua brasilidade, amplificadas nas pistas por Tim Maia e Jorge Ben, também temos nossas representantes hipnóticas e mecânicas, construídas com beats poderosos de techno, como os hits mundias Pontapé, de Renato Cohen, e a mítica SP 15 Graus, do saudoso DJ Alfred.
O Brasil é certamente craque em fazer dançar, e esta lista comprova que fazemos bonito nas mais diversas frentes. Peço licença poética para a inclusão de uma faixa de minha autoria, Sensibilidade, que muitos DJs tocaram no começo dos anos 2000 e virou um clássico, pelo pra mim 🙂
1. Jorge Ben – Take Easy My Brother (1969)
Ao falar de música de pista, que envolva, com um quê de funk soul, é impossível não pensar em Jorge Ben. Sua atitude, seu jeito e características particulares, o samba rock ou rock samba, o swing, chame como quiser chamar. O groovão do Jorge influenciou muita gente e influencia até hoje. Poderia citar várias, mas aqui vai só uma pra representar o talento (e olha que não foi fácil) do cara que ajudou muito a criar nosso balanço quase dez anos antes da disco music virar febre por aqui.
2. Tim Maia – Sossego (1978)
Final dos anos 70, e o doidão e mega talentoso Tim Maia manda este funk soul que virou febre e ainda embala muita pista de dança até hoje. Tiro certo de canhão pra cima do groove, hit eterno de casamentos a pistas fervidas no mundo todo.
3. Freneticas – Dancin’Days (1978)
Ainda em 1978, as Frenéticas invadiram as pistas de Norte a Sul do país com o hit Dancin’ Days, que foi tema e nome da famosa novela da Globo. As meninas tinham direção musical do Nelson Motta e eram super fervidas, além de carismáticas. Foi um hit avassalador e até hoje é legal de ouvir e dançar.
4. Lady Zu – A Noite Vai Chegar (1978)
1978 foi um ano e tanto para a disco music nacional. Lady Zu trouxe o boogie para as trilhas sonoras de novelas, bailinhos de garagem e muitas pistas de dança. Vale procurar e conferir também a atitude mais funk soul dela na faixa Hora da União, lançada no ano seguinte.
5. Rita Lee – Agora é Moda (1978) e Chega Mais (1979)
Citei duas faixas da nossa rainha do rock’n’roll, duas tracks geniais que tiveram muita representatividade nos bailes e discotecas por suas linhas de baixo e riffs, que encantam qualquer amante da disco music e de um bom baile. Rita Lee é sempre sensacional!
6. Ronaldo Resedá – Marrom Glacê (1979)
Disco music brazuca que chega a confundir nos primeiros segundos com Sylvester. O fervo, a atitude hedonista, a letra pra cima, o élan bem gay… sensacional. “Toda essa gente louca, alegre em sedas a se desnudar… a festa nunca vai acabar!”. Ronaldo Resedá se tornou um clássico com essa música.
7. Gretchen – Conga Conga Conga (1981)
E nos anos oitenta, a então Rainha do Bumbum, Gretchen, produzida pelo baileiro, DJ, produtor e locutor de rádio Mister Sam, embalava as pistas, programas de auditório e os bailinhos de garagem com Conga Conga Conga. Nunca uma letra tão sem sentido fez tanto sentido ;-9
8. Sandra Sá – Olhos Coloridos (1982)
Esse funk soul de Sandra Sá (o “de Sá” viria só depois) leva qualquer amante do estilo a gingar o corpo. Rolou em muito baile e ainda rola. Nunca ouviu uma faixa da cantora num soundsystem poderoso? Tá perdendo. Bota pra tocar e sente o groove pesado dessa faixa clássica da black music nacional.
9. Marcos Valle – Estrelar (1983)
Marcos Valle e seu clássico funk Estrelar chacoalham pistas até hoje. A música rendeu edits de DJs do mundo, e o vinil é peça rara para colecionadores do estilo. Marcos Valle é rei do groove nacional, louvado seja. E nesse clima de geração saúde também tem o hit biker Bicicleta, mais atual impossível.
10. Almir Ricardi – Festa Funk (1984)
Hit obrigatório em qualquer baile que se prezasse, Almir Ricardi em Festa Funk tirava da pista até um refrão proibido pela censura (quem curtiu sabe o refrão). Não menos conhecida, a clássica Pura também foi hit em muitos bailes.
11. Black Juniors – Mas Que Linda Estás (1984)
Também produzido por Mister Sam, o Black Juniors foi um do grupos que deram o start na onda do breakdance brazuca. Hit dos bailes, os meninos deixavam qualquer um babando com o visual e dancinhas do grupo nas apresentações de programas do tipo Raul Gil, ou mesmo, pasmem, contracenando com os Trapalhões!
12. RPM – Olhar 43 (Remix por DJ Grego, Sylvio Müller e Cabello) (1985)
As danceterias surgindo e junto com elas os remixes de bandas de rock/pop invadiam as pistas. Olhar 43 do RPM é exemplo de um hit remixado maravilhosamente pelos DJ Ippocratis “Grego” Bournellis,
Sylvio Müller e Cabello. Resultado? O remix dos DJs fez a banda acontecer e, como disse o próprio Paulo Ricardo no livro Todo DJ Já Sambou, foi o responsável pelo estouro do RPM em todas as rádios brasileiras.
13. Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros – Katia Flavia (1987)
Fausto Fawcett também invadiu as danceterias, além de ter sido trilha sonora de novela, motivo pelo qual era bem fácil ouvir as pessoas cantarolando o refrão na rua: “Alô, polícia, eu tô usando um exocet… calcinha!”. A produção e mixagem de Katia Flavia, a “godiva do Irajá”, tem as mãos e talento do mestre Iraí Campos.
14. Ed Motta & Conexão Japeri – Manoel (1988)
Ed Motta surgiu com com seu funk soul jazzístico e invadiu rádios, pistas, carros e casas com seu groove. Não era pra menos: Ed Motta é sobrinho do “síndico” Tim Maia e muito provavelmente tomava groove na mamadeira.
15. Gabinete Calighari – Pump Up The Bass (1989)
Final dos anos 80, e a dupla Gabinete Calighari aka DJ Cuca e DJ Ricardo Medrano se torna um marco na música de pista brazuca. Beats, samples, cuts e scratches, somados a pitadas de percussão, resumem uma track que mostrava pra muita gente (eu por exemplo) que sim, o Brasil tinha o dom de fazer dance music.
16. Que Fim Levou Robim – Aqui Não Tem Chanel (1991)
Diversão, vontade e ousadia pra fazer a própria house music, o ritmo que já era presença obrigatória nos clubes de São Paulo. Produzido por Dudu Marote e com os DJs Mauro Borges e Renato Lopes na formação (além de Bebete Inadate, Eloy W. e Ultra Claudia), o Que Fim Levou Robin? saiu da boate Nation para as pistas e programas de auditório de todo o Brasil. Aqui Não Tem Chanel foi um dos hits.
17. Fernanda Abreu – Rio 40 Graus (1992)
Cheia de samples, atitude hip hop e batidas eletrônicas, Fernanda Abreu, ex-integrante da Blitz, chegou com um disco lotado de dance music urbana com sotaque carioca.
18. Alfred – SP 15º (1998)
Techno denso e forte e um sample que dizendo “São Paulo, 15 Graus” fizeram dessa faixa um hit nas pistas mais under da cidade – e a cara do enfumaçado afterhours Hell’s Club. Lançado em vinil em tiragem bem limitada, o white label é procurado até hoje. Mas, calma, nós ripamos pra você ouvir.
19. Mimi – Sensibilidade (2000)
Sensibilidade (deste que vos escreve) teve clipe produzido por Rau Machado (produtor de clipes de Planet Hemp, Chico Science, Raimundos). Foi lançada em vinil e ganhou o mundo sendo distribuída pela alemã Neuton.
20. Dj Mau Mau – Space Funk (2000)
Space Funk teve clipe gravado no Sambódromo de São Paulo. A faixa foi lançada em vinil pelo selo europeu Crayon e no Brasil pelo MoMusic. A música faz parte do álbum Music Is My Life, primeiro álbum solo de Mau Mau e foi lançado pela Smartbiz Trax. Techno com cara de house, house com cara de techno, enfim, música pra pista com muito groove, uma das marcas registradas dos sets do Mau.
21. Fernanda Porto – Sambassim (DJ Patife Remix)
Lançado pelo respeitado selo europeu V Recordings, DJ Patife acertou muito bem a mão neste remix que exala Brasil. Pandeiro, tamborim, cordas, apitos e o vocal perfeito de Fernanda Porto. Nosso samba com drum’n’bass na melhor forma possível.
22. Renato Cohen – Pontapé (2002)
Renato Cohen chegou chegando com esta faixa lançada pelo selo Intec, de Carl Cox. Pontapé é techno energético, forte, pra cima! Já fez tremer muitas pistas com seu bumbo poderosíssimo.
23. Marky & XRS feat. Stamina MC- LK (Carolina Carol Bela) (2002)
Do Brasil pro mundo, Marky e XRS aka Xerxes de Oliveira fizeram um dos maiores hits da história do drum’n’bass. Pouco a se falar sobre essa faixa, é ouvir, sentir e dançar.
24. Drumagik – Easy Boom (2002)
Drum’n’bass e música brasileira é um romance que já rendeu ótimos casamentos. Está aqui mais um exemplo. Com samples de Jorge Ben, Easy Boom já colocou muita gente pra pular, até mesmo Giles Peterson, que incluiu a track em sua compilação Worlwide Programme 2, e a lançou em um vinil de 10 polegadas.
25. Vanessa da Mata – Não Me Deixe Só (Deeplick & Ramilson Maia Remix) (2003)
Aqui foi a vez dos talentosos Deeplick e Ramilson Maia colocarem a mão e levar Vanessa da Mata para as pistas. E foi bonito ver a galera cantando em uníssono.
26. PRZTZ – Everybody (2004)
Esta faixa de house funkeada que acabou virando ponta de lança do gênero “Jamanta House” foi lançada pelo selo Classic, de Derrick Carter. Em Everybody, PRZTZ aka Dudu Marote invadiu os tracklists e pistas de todo o planeta.
27. Nego Moçambique – Gil Para B-Boys (2005)
Bass, breaks, samples de Gilberto Gil em loop e Nego Moçambique numa faixa que coloca qualquer pista pra dançar. Insano o poder desta faixa!
28. Gui Boratto – Beautiful Life (2007)
Os vocais de Luciana Villanova somados ao talento musical de Gui Boratto fizeram de Beautiful Life o hit do primeiro álbum do artista, que tocou nos quatro cantos do mundo. Melódico, bonito demais, contagiante e com um quê de rock indie. Perfeito! Detalhe: a Lu é esposa do Gui e não é cantora profissional.
29. Jason Bralli – Gotik (2008)
Dono do selo Bralli Records, pelo qual a faixa foi lançada, Jason Bralli fez muitos clubes e festas outdoor levantarem as mãos ao som de seu hit máximo, Gotik.
30. DJ Memê feat Gavin Bradley – Chanson Du Soleil (2009)
Tido como hit do verão de 2009 em vários lugares do Brasil e do mundo, Chanson Du Soleil foi produzida pelo talentoso DJ Memê e virou hino do Caldeirão do Huck e da Jovem Pan.
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