Will Smith Will Smith (o rapper Fresh Prince) – foto: divulgação

De Will Smith a Scarlett Johansson. Conheça dez astros do cinema e da TV que lançaram discos incríveis

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Atrizes e atores superfamosos (e inquietos) já lançaram discos de deixar qualquer fã de música de queixo caído. Indicamos 10 álbuns vindos de atros do cinema e da TV que você precisa conhecer.

Então você faz parte do time de astros do cinema, tem uma carreira concorrida, convites para novos filmes, a estante da sala tomada por prêmios e um dinheiro sobrando na conta.

De repente vem a dúvida: o que fazer com o tempo que nós não temos? Para alguns inquietos atores e atrizes do cinema e da TV, a resposta foi pegar um instrumento, compor um monte de canções, se meter em um estúdio e lançar um álbum para deixar seus colegas da música de queixo caído.

Se estivermos falando de Juliette Lewis, por exemplo, a viagem se estende a virar um ícone dos palcos e headliner de festivais.  Ou ainda Zezé Motta, que foi responsável por lançar dúzias de discos indispensáveis em qualquer coleção de música brasileira.

Selecionamos dez estrelas das telas que ousaram lançar discos de primeira qualidade.

Will Smith (Fresh Prince)

O vencedor do Oscar ,Will Smith, é um dos atores mais celebrados em atividade no cinema, responsável por protagonistas em filmes que vão desde o blockbuster retrofuturista Wild Wild West até dramas intensos como  Sete Vidas. O curioso é que, no caso de Smith, sua carreira musical e na televisão meio que se incorporaram. Foi através do (ótimo) trabalho que fazia como o rapper Fresh Prince ao lado do DJ Jazzy Jeff, que Quincy Jones (sim, ele mesmo, produtor de várias séries de TV) o convidou para uma série televisiva que usava seu nome, The Fresh Prince Of Bel Air, que nós conhecemos aqui como Um Maluco no Pedaço. Will Smith lançou, entre 1987 e 2005, nada menos do que treze álbuns.  Assista Summertime, hit máximo dos bailes, que agora você descobre estar sendo cantado pelo mesmo agente Jay, de Homens de Preto!

Scarlett Johansson

Scarlett Johansson, querida por 10 entre 10 fãs de cinema, uniu sua malemolência ao talento de Pete Yorn para um disco em parceria: Break Up, de 2009. Sabe Relator, que você já cansou de dançar por aí em festinhas de indie rock? Então… é desse disco.

Clint Eastwood

Pois é. Além de ator e diretor de primeira estirpe, Clint Eastwood também é um baita pianista, dono de gravadora de jazz (aliás, pai do baixista Kyle Eastwood) e cantor. Seu disco de 1963, cantando músicas de western, é clássico: Rawhide’s Clint Eastwood Sings Cowboy Favorites. Ouça também o concerto de jazz, Eastwood After Hours: Live at Carnegie Hall, onde ele toca piano com uma senhora banda.

Zezé Motta

Não dá para dizer se a diva Zezé Motta é mais atriz do que cantora, ou o contrário. O fato é que sua discografia é absolutamente incrível. A artista já lançou 14 álbuns, sendo o primeiro com Gerson Conrad. O disco que indicamos aqui, Negritude, é de 1979, tem várias composições próprias e é assombroso de bom.

 

Eddie Murphy

O comediante Eddie Murphy lançou em 1985 How Could It Be, uma pérola do r’n’b dançante com a cara (boa) dos anos 80. O disco chegou ao top 200 da Billboard, graças ao hit single Party All The Time, quem nem é a faixa mais bacana do álbum.

Thalma de Freitas

O disco Thalma de Freitas, de 2004, é um primor em produção. Com composições da própria Thalma, sua voz suave, doce e preguiçosa, atributos que tanto nos encantam na música brasileira, são servidos sem avareza neste ótimo trabalho. É para ouvir sorrindo.

Juliette Lewis

Power to the minas.  Juliette Lewis, dona de uma carreira de atriz de muito sucesso, resolveu que viraria estrela máxima de festivais de música por aí. Lançou dois álbuns com sua banda Juliette & The Licks, Terra Incognita, de 2009, e Future Deep, em 2017. Lewis é conhecida por sua performance incendiária no palco, conforme comprovamos no vídeo abaixo.

 

 

Hugh Laurie

Pianista como Clint Eastwood, mas com uma quedinha para o clássico e a para música folclórica, o astro de Dr. House tem quatro discos lançados. O mais recente, Didn’t It Rain, é de 2013. No entanto, a gente indica aqui uma apresentação ao vivo do ator/cantor mandando St. James Infirmary, para que você tome nota dos “skills” do homem no piano.

Evandro Mesquita

Talvez você nos questione: mas o Evandro Mesquita primeiro montou a Blitz para depois fazer novela. Então lhe respondemos: “pior que não”.  Evandro era da trupe de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone que, aliás, serviu de berço para a criação da Blitz, banda que mostrou a new wave para as massas. Vamos combinar, não dá para não gostar deles.

Chay Suede

Se você assistiu Rebelde, conhece o ator gato Chay Suede. O que talvez que você não saiba é que o ator tem um ótimo projeto de indie samba rock brasilitudes: a Aymoreco. O disco homônino, de 2016, é bem legal e a voz do menino tem uma doçura melancólica meio Cartola, carioquíssima e gostoso de ouvir.

Najwa Nimri

A premiada atriz  espanhola Najwa Nimri é outra artista cuja discografia ultrapassa sua lista de filmes.  Nawja (como cantora é so Nawja mesmo), tem oito discos lançados com Carlos Jean, no projeto Najwajean, e mais oito em carreira solo, abusando do pop experimental tipo Björk. Ouve só:

 

Menção Assombrosa – William Shatner

Esta é tão bizarra que vale uma menção aqui em nossa lista. William Shatner, o eterno (para seu próprio desespero) capitão Kirk, de Jornada nas Estrelas, gravou um CD muito doido, recitando letras numa pegada meio spoken word, com arranjos roqueiros por trás. A avaliação fica por sua conta!

 

Colaboraram para a criação desta lista:  Ana Lombardo Stone, Leonardo VinhasDee Jay Captain Wander, Pablo Zanella, Fernanda Lucena, Laerte Castagna,  Vitor Miranda, Vinícius Vieira, Mariano Peixoto Garcia, DJ Jeremy e Artur de Oliveira Silva. Meu super obrigado!

 

 

 

 

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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