Em SP, David Guetta faz o que sabe melhor: dá pop a quem quer pop

Itaici Brunetti
Por Itaici Brunetti
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Foto: Itaici Brunetti

Para inicio de conversa, é bom ressaltar que este repórter não é um expert em shows e festivais de música eletrônica. Sempre fui mais do rock. Mas estive na primeira edição brasileira do Sónar, em 2004, e no Nokia Trends, em 2006. Recentemente vi Skrillex, Calvin Harris e Major Lazer no Lollapalooza 2015, e também fui ao EDC Brasil a trabalho. E ando gostando do mundo dos beats. Por isso, resolvi me aventurar no “arroz de festa” David Guetta, que tocou no Pavilhão do Anhembi, na última sexta (15), em São Paulo, pra ver qualé.

A primeira coisa que reparei e que me animou, é que o público era bem diferente dos EDCs e Tomorrowlands da vida. Ok, tinha uma pequena porcentagem de descamisados fitness (sempre tem, né), mas a maioria do povo que estava lá era fã do DJ francês mesmo. Ou seja, ponto positivo, pois dava mais cara de show, e não de festival-balada-tô-aqui-só-pela-curtição-uhuuu.

David Guetta

Foto: Itaici Brunetti

O primeiro DJ a se apresentar, João Lee, sofreu com o som baixo e iluminação quase zero. A coisa só melhorou mesmo com a entrada do alemão Robin Schulz, que mandou uma deep house responsa. Até Nirvana ele remixou.

É chegada a hora de David Guetta. Não dá pra discordar, o cara é o maior criador de hits de música eletrônica dos últimos tempos (e isso não é novidade pra ninguém). Antes do evento começar perguntei para algumas pessoas qual música elas mais queriam ouvir. Isso foi motivo para desfilarem uns 15 nomes sem parar: É Hey Mama, com Nicki Minaj, Titanium, com Sia, Without You, com Usher, a lista é infinita…

Guetta, que é macaco veio de shows, soltou logo de início os hits Play Hard, e Shot Me Down para ganhar a galera. No set também mixou Hello, de Adele, How Deep Is Your Love, do chapa da EDM Calvin Harris, e Hotline Bling, de Drake. Até Wonderwall, do Oasis, ele ressuscitou pra galera cantar juntinho. E terminou com Dangerous, do disco mais recente, Listen (2014).

Olha, se ele usou o famoso pendrive de que tanto falam, não deu pra ver. E também nem me importei com isso, pois saí de lá satisfeito, assim como os 15 mil fãs que ali estavam.

A música dele é farofa? É! É popular? É! É brega? É! É tudo isso e tá tudo bem. Porque ele sabe o que faz: dá o pop a quem quer o pop.

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Foto: Itaici Brunetti

 

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