Dos Beatles a Taylor Swift, não são poucas as renomadas universidades que lançaram cursos se dedicando a analisar astros da contemporaneidade

A superstar do pop estadunidense Beyoncé será tema de um curso acadêmico aberto pela prestigiada universidade de Yale. O curso irá examinar a carreira da cantora entre 2013 até o lançamento de seu último álbum, o incisivo Cowboy Carter.

Para quem possa se assustar com “o que estão ensinando nas universidades”, saiba que os grandes fenômenos da música pop vêm sendo analisados por instituições desde a virada do milênio, dissipando um pouco a distinção entre popular e erudito. Segundo a nova mentalidade, não é preciso aguardar dois séculos para se debruçar na vida e obra de um artista. Mudanças de comportamento, atitude e até mesmo sociais são lideradas por grandes influenciadores como a diva americana.

Vale lembrar, obviamente, que não se trata de cursos para fãs dos artistas, mas de um debruçar acadêmico sobre os impactos de cada figura na sociedade ou em áreas específicas, que vão das redes sociais, produção musical ou processo criativo. Veja abaixo outros cinco exemplos de ícones da cultura pop musical que viraram objeto de estudo em academias renomadas!

Os Beatles

Dissecar a produção musical dos Beatles, sob o ponto de vista criativo e técnico. Este é o objetivo do curso criado pela prestigiada faculdade Berklee, em Boston. A instituição também tem cursos específicos sobre a carreira solo dos quatro membros da banda. Na universidade Southern California, um curso chamado Beatles: Their Music and Their Time aborda a banda com um foco mais sociológico.

Harry Styles

Usando como ponto de partida a carreira de Harry Styles, a Universidade Estadual do Texas, em San Marco, propõe um curso que analisa o fenômeno do culto às celebridades. Temas como consumismo, ativismo e a organização dos fã clubes são colocados na mesa ao lado de discussões sobre gênero e identidade nos dias atuais.

Kendrick Lamar

A Universidade de Concórdia tem um curso em que compara as táticas narrativas de James Joyce, James Baldwin e o rapper Kendrick Lamar! A série de aulas é sobre o “storytelling” (termo muito usado para substituir “narrativa”) de Lamar, considerada única pelos coordenadores.

Taylor Swift

O Instituto Clive Davis de Música se debruça sobre as letras da “namoradinha dos Estados Unidos”. Toda a carreira da cantora é repassada, sob o ponto de vista sócio-cultural. Como Taylor Swift retrata o momento, a sociedade e as emoções são a linha mestra da atividade. Não é o único e muito menos o último. Tem gente estudando Swift em Harvard e Stanford (como você já viu aqui). Coisa fina.

A arte do punk

Não voltado para apenas um artista, mas para um dos movimentos culturais que mais transformaram a sociedade, envolvendo conceitos que foram transpostos para outras linguagens artísticas e até mesmo no dia a dia das pessoas, como Do It Yourself: o punk. O curso foi criado na Universdidade de Stanford e estuda a estética, as performances e, principalmente, as origens sonoras do estilo.