Luedji Luna Luedji Luna – foto: divulgação

Conversamos com Luedji Luna, que acaba de lançar a versão Deluxe de seu último álbum

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Cantora adicionou 10 músicas inéditas, que ficaram de fora da edição original de seu álbum de 2020, Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água

Luedji Luna resolveu estender a vida de seu álbum Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água, lançado em 2020 e surpreendido pela pandemia, que parou o circuito de shows (e consequentemente, de divulgação) para os artistas no mundo todo.

Aproveitando o farto estoque de composições, Luedji disponibilizou, a partir de sexta-feira (25) uma versão estendida de seu último disco. Dez músicas que ficaram de fora do lançamento original foram incluídas, dando aos fãs da cantora baiana um pouco mais de sua obra.

Conversamos com Luedji sobre o novo lançamento, os planos para o futuro e os segredos de salvador:

Luedji Luna

Luedji Luna – foto: divulgação

MNS: Queria te perguntar do conceito deste novo disco. É uma versão Deluxe, mas são dez canções novas. Porque não lançá-lo como um álbum novo?

Luedji: O Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água Deluxe nasce muito no sentido de prologar a vida da versão original, que nasceu num contexto de pandemia. Então, realmente tem dez canções inéditas, mas que se conectam com o Bom Mesmo (…) de 2020. São canções que poderia estar no original. Tem um caráter deluxe Lado B.

Você está em São Paulo desde quando? Qual foi seu processo de vida que lhe fez deixar Salvador?

Eu moro aqui há sete anos e vim para São Paulo com o objetivo mesmo de consolidar minha carreira. São Paulo é onde circula o dinheiro, é onde tem as grandes empresas, as grandes casas de show. É a cidade mais próspera, a que dá mais perspectivas em qualquer área, no Brasil.

As músicas deste álbum, tanto o original quando o deluxe, foram compostas já aqui em São Paulo? Aliás, o que te inspira mais nas composições. Histórias tuas, coisas que você observa, como é este processo?

Estas canções são antigas, de um caderno antigo. Diferente de Um Corpo Do Mundo (álbum de XXX), não são canções que eu compus em São Paulo, a partir da minha experiência vivendo aqui. São canções de amor, antigas, com histórias antigas, experiências minhas… dos outros. Tem até a primeira música que eu fiz na vida, com dezessete anos, por causa de um beijo. O meu primeiro beijo. Uma canção muito especial, que tem essa história.

Salvador é uma terra de inúmeras cantoras talentosas. O que é que tem naquela terra, que pari tanta gente que acaba se projetando para o Brasil todo com muita identidade. O que aquela terra dá?

Ela dá a África, dá o fundamento. Elá dá, como Gilberto Gil fala, régua e compasso. A Bahia já me deu régua e compasso, meu caminho pelo mundo eu mesmo faço. É uma terra extremamente musical, extremamente cultural, rica, por conta dessa herança africana muito forte.

E quais são seus planos para 2023? O que vem pela frente?

Em 2023 eu quero circular com esse trabalho. Quero finalmente fazer turnê no Brasil inteiro, no mundo inteiro. Este é o grande plano. Também vou lançar um material de visual, alguns clipes. Aliás, em dezembro já lanço um clipe novo.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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