Clube Hot Hot abre hoje ao público

Claudia Assef
Por Claudia Assef
No lounge do Hot Hot, máquinas de café e de snacks

No lounge do Hot Hot, máquinas de café e de snacks

Com clima retrô e qualidade de som na pista de dança que eu tô pra ver, o clube Hot Hot, da mesma turma do finado Lov.e, abriu as portas ontem para convidados e hoje estreia para o público com a noite Danceteria.

Depois de uma longa reforma, o espaço escolhido na rua Santo Antônio, na Bela Vista, virou um clube enorme, pelo menos o dobro do tamanho do Lov.e, com dois ambientes bem definidos. O lugar estava vazio havia 14 anos, e antes de virar lar para milhares de pombas, o galpão tinha sido uma boate de meninas gays chamada Sky.

Lustres de madrepérola chiquérrimos sobre o bar

Lustres de madrepérola chiquérrimos sobre o bar

No primeiro andar, o bar se junta a um lounge aconchegante, com chão de vinil combinando com paredes revestidas de tapete, de padronagem azul e laranja, fazendo referência ao designer dinamarquês Verner Panton.

Sobre o bar, mega lustres de madrepérola, chiques. Ainda neste ambiente, o banheirão tem paredes douradas, dando um climão totalmente anos 70. “A ideia era misturar coisas chiques com elementos podres, criar uma estética do luxo ao lixo”, diz Ricardo Gonzalez, DJ e promoter responsável pelas noites de quinta-feira. Ele também é egresso da equipe do Lov.e. Aliás, da hostess, Alê, até a tia Sandra, do banheiro, quase todos os funcionários do Hot Hot trabalharam com Flávia Ceccato no histórico Lov.e Club, na rua Pequetita.

Flavinha e Hermes...

Hermes e Flavinha...

Ricardo Gonzalez...

Ricardo Gonzalez...

Claudia Xerente...

Claudia Xerente...

A hostess Alê (à dir.) arrasando com o vestido de pérolas...

A hostess Alê (à dir.) arrasando com o vestido de pérolas...

Eli Iwasa...

Eli Iwasa...

Mau Mau, já bem avonts na nova cabine...

Mau Mau, já bem avonts na nova cabine...

Luciano e Silvinho.... Lov.e people, agora no Hot Hot

Luciano e Silvinho.... Lov.e people, agora no Hot Hot

O sistema de pagamento das comandas é bem esperto. A comanda será entregue aos clientes com um sistema de créditos lá dentro. Ou seja, você cadastra a sua comanda e coloca dinheiro lá dentro, por enquanto só dá pra fazer isso no clube, mas a ideia é que no ano que vem dê pra inserir créditos a partir do site. Daí toda vez que voltar ao Hot Hot é só arrasar com seus créditos, não precisa pegar fila pra pagar no final da noite. É tipo um bilhete único do fervo. Por que não pensaram nisso antes?

Na escadaria que leva à pista, no andar de baixo, detalhes já entregam que há mãos femininas na administração do clube: um pavão, que até já tem apelido, dá um ar meio Clovis Bornay ao ambiente.

A entrada que causa um impacto meio fila da Disney

A entrada que causa um impacto meio fila da Disney

Lockers em vez de chapelaria. Tranque e leva a chave

Lockers em vez de chapelaria. Tranque e leve a chave

Banheiro dourado

Banheiro dourado

A maior surpresa é a chegada à pista de dança. O som é realmente potente e multidirecional. Os graves são de dar cócegas no estômago, e a iluminação lembra à pista de uma discoteca, só que os cubos coloridos, em vez de estarem no chão, foram instalados no teto. Ali também rola um mix de luxo (iluminação e som perfeitos) e lixo (a parede descascada meio Susi in Transe).

A vista logo na entrada da pista

A vista logo na entrada da pista

Detalhe do telão que fica atrás do DJ

Detalhe do telão que fica atrás do DJ

Na noite de ontem, Eli Iwasa e Mau Mau, velhos conhecidos da cabine do Lov.e, já se familiarizaram com o super sofisticado sistema de som, o tal do Funktion-One, do Hot Hot. Longa vida ao novo clube (que de jeito nenhum vai poder herdar o apelido de “clubinho” do antigo Lov.e). As noites de São Paulo com certeza vão ficar mais animadas.

Hot Hot

Rua Santo Antônio, 570, Bela Vista, São Paulo, tel. (11) 2985-8685
Quinta (12/11), noite Danceteria, com Leiloca Pantoja, Márcio Vermelho e Ricardo Gonzalez, entrada de R$ 30 (antecipada, pelo site) a R$ 40 (na porta). Sexta (13/11), com Denis Hadler, Pedro Galante, Gui Boratto e Eli Iwasa, entrada: de R$ 40 a R$ 60.

FOTOS: FÁBIO TAVARES

Claudia Assef

https://www.musicnonstop.com.br

Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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