dia do jazz DJ Adriana Arakake – foto: divulgação

Cinco faixas de Jazz para dançar indicadas pela DJ Adriana Arakake

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Adriana Arakake é residente dos bares Paribar (nas gostosas feijucas de sábado) e do bar Eugênia.

Seus sets de jazz e grooves sempre surpreendem a quem ainda não passou pela sua pista. Dançantes, bem humorados… boa onda.

Para animar sua tarde, pedidos para a DJ indicar cinco faixas que representam as vibrações da sua pista de dança.  Aperta o play e divirta-se!

The Sidewinder – Lee Morgan

Uma das minhas músicas preferidas do virtuoso trompetista norte americano, que começou a carreira muito jovem e terminou de forma trágica, aos 33 anos de idade.

Tocou ao lado de gigantes do jazz como Dizzie Gillespie e John Coltrane.

A música faz parte do álbum homônimo, considerado por muitos, um dos melhores discos de jazz de todos os tempos. É possível conhecer a história de Lee Morgan no maravilhoso documentário “ I called him Morgan”.

Parchman Farm – Mose Allison

Canção do grande pianista norte americano, que apesar de não ser tão conhecido assim, influenciou muito nomes e bandas, como Pete Towshend, Van Morrison, The Clash, Yardbirds, entre outros.

A história é bem interessante e triste, a “fazenda prisão” mais antiga do Mississipi, terra natal de Mose Allison, usava o sistema para condenar principalmente negros, por delitos pequenos, ou mesmo injustamente, para que assim tivessem mais força de trabalho nas terras da Parchman Farm. O hit, na verdade é de autoria de Bukka White, a letra, canta a experiência do músico na infame prisão, mas ficou mais conhecida na versão de Mose Allison, com forte influência de blues e rithm & blues, é um clássico.

The Turnaround – Big John Patton

Big John Patton, organista de soul-jazz, se engendrou pela música muito jovem, aos 13 anos, influenciado pela mãe, que era pianista na igreja em que frequentavam.

A canção The turnaround, faz parte do álbum Let’em Roll, de 1966 e conta com o auxílio luxuoso de nomes como Bobby Hutcherson e Grant Green.

Composta por Hank Mobley, tem nessa versão de John Patton, um groove tão incrível, que é impossível não contagiar.

Sack’o Woe – The Mar-Keys

Primeira, da lendária gravadora Stax, a banda, originalmente, fazia apoio para grandes nomes da época, como Ruffus Thomas e Carla Thomas. Em 1962, alguns membros deixaram o grupo para formar o Booker T. & The M.G.’s.

A música de Cannonball Adderley, tem várias versões, de George Benson até a mais recente de Jamie Cullum, mas mina preferida é a citada, dançante, vibrante, digna da grande banda que o Mar-Keys foi.

Wack Wack – Young-Holt Unlimited

Acho que por essa lista deu pra perceber minha predileção pelo soul jazz e pela década de 60. Aqui mais um grupo de alto nível, representando essas preferências em grande estilo.

Criado por dois ex membros do trio que formavam com Ramsey Lewis, o Young Holt tem um som muito envolvente. Wack Wack, do disco homônimo de 1966, que na época, alcançou rápido o Top 20 R&B, é faixa que não pode faltar numa deliciosa festa, regada ao melhor do jazz.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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