Cabeçudo, chato ou genial? Ou todos?
Inspirados em artistas como Pan Sonic, Jonh Cage e Vladislav Delay, a dupla Agnaldo Mori (teclados e efeitos) e Glauco Félix (teclados, guitarra e efeitos) constrói sons abstratos a partir de um emaranhado de fios, pedais, computadores e teclados – um exemplo de seu confuso setup está na foto acima.
Eles estão na ativa há bastante tempo e já lançaram uma pancada de discos. Em 2002, chegaram a lançar nove CDs de uma vez só, pelo selo Bizarre, com sons que iam da música completamente abstrata, construída a partir de ruídos e repetições extenuantes, até o quaaaase pop.
Só fui entender a música do National em 2004, quando os vi tocando à tarde, numa sala do Tomie Ohtake, dentro da programação do Sonarsound São Paulo. Eu estava trabalhando na cobertura do festival e, de tão cansada, fui atrás de um lugar pra dar uma descansadinha. Encontrei na apresentação do National, deitada no chão da sala, o relaxamento e a abstração total de que eu precisava. A música não tinha nenhuma pitada de Enya, mas eu transcendi. E entendi.
Veja e ouça aqui um trechinho do ensaio destes meninos, que a princípio podem soar cabeçudos e chatos, mas no fundo são geniais. É só clicar na foto.