Breve Festival: Belo Horizonte teve seu primeiro grande evento musical após a pandemia
Contando com atrações diversas o Breve Festival encheu a Esplanada o Mineirão de arte, música, dança e cultura brasileira
Há poucos meses ainda sentíamos a instabilidade de um retorno aos eventos e shows, diante de uma nova variante do coronavírus. Mas, com aumento de pessoas vacinadas a retomada dos eventos culturais presenciais se tornou possível.
No sábado passado, dia 09 de abril, aconteceu na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, o Breve Festival. O evento reuniu mais de vinte atrações de diversos estilos, da nova e velha geração da música brasileira e movimentou a região da Pampulha.
Elas se destacaram
No palco, uma grande participação de mulheres vibrantes. Marina Miglio da Lamparina mostrou a potência de sua voz ao lado da banda que tocou em sincronia com o público. O coral de vozes expandidas foi maravilhoso.
Já no início da noite a baiana Pitty subiu no palco e quebrou tudo com sua presença e potência rock’n’roll rememorando hits do início da sua carreira, cheio de músicas boas para cantar abraçado com os amigos. Além disso, Jup do Bairro também participou da apresentação.
Como vinho
Um festival que reúne nomes como Gal Costa, Grande Encontro e Ney Matogrosso não pode nunca ser considerado um fracasso em sua escolha de line-up. Os grandes nomes da MPB entregaram em suas apresentações toda a qualidade e carisma que os fazem ser lembrados.
Gal, acompanhada de uma banda que parecia se divertir enquanto se apresentava fez pessoas de várias idades cantar junto sucessos como Fé cega faca amolada. Ney, sempre exuberante em seu figurino, cantou, dançou e recitou poemas.
Música preta
Filho de BH, Djonga levou a plateia ao furor com suas músicas críticas ao sistema racista. Seu show contou com a participação da família com backing-vocal de sua filha e a benção de sua avó.
Algumas horas depois os monstros do Capão Redondo apresentaram mais de trinta anos de carreira em uma hora de apresentação. O prazer de assistir aos rappers é tão grande que fica a sensação de que o show deveria durar o triplo do tempo.
Longas filas, falta de informações e outras reclamações
A medida que as redes sociais começavam a se movimentar com fotos e vídeos sobre o Breve algumas reclamações também começaram a ser ouvidas.
Mais tempo nas filas do que em frente aos palcos
A maior delas com certeza era sobre as enormes filas para acessar o espaço, mas também sobre as encontradas lá dentro. Em meio às esperas se ouvia das pessoas que já estavam à quase meia hora tentando ir ao banheiro, se alimentar ou consumir alguma bebida.
Seguindo todos os protocolos, porém depende
Nas normas divulgadas sobre o que era preciso para adentrar, constava a apresentação do cartão de vacina ou exame de PCR. Eles sequer foram cobrados. Também teve aglomeração de pessoas aguardando em filas gigantescas para comprar alimentos.
Informações
Da mesma forma, era impossível obter alguma informação na primeira tentativa, pois não haviam funcionários designados para tal função. Mesmo com o mapa do festival em mãos, surgem dúvidas sobre a localização de palcos, espaços interativos e até mesmo ponto de alimentação. Dessa forma, o público perdeu muito tempo por ter que dar voltas e voltas a te conseguir se situar. Como consequência, algumas pessoas perderam shows e a paciência.
Como ir embora?
Ao fim do evento, muita dificuldade para ir embora. Entretanto isso não foi culpa do evento, mas refletiu na ordem devida a lotação da área externa e barulho. Os aplicativos de transporte estavam com pouca oferta de carros, cancelamentos de corridas e, pasmem, tarifas até 6x maiores que as normais.
Se você quiser reviver os melhores momentos do Breve Festival ouça a playlist da edição de 2022 no Spotify.