Bjork se volta para as pistas de dança em novo disco. Saiba o que esperar da próxima viagem da diva islandeza
Depois de cinco anos de espera, a cantora islandesa quebra hiato e conta detalhes do sucessor do disco Utopia, lançado em 2017 pela gravadora One Little Indian Records.
Recentemente, numa entrevista concedida por Bjork ao portal de música especializado RÚV, a artista declara que o novo trabalho será dedicado e pensado nesse longo período de reclusão causado pela pandemia: “para as pessoas que criaram um clube dentro da própria sala de estar” e completa “Neste novo álbum, há muito frio na primeira metade da música, mas quando falta um minuto a música se transforma em um clube”.
Ainda sem data de estreia e nem de lançamento do primeiro single, Bjork nos deixa com um gostinho do que vem pela frente, talvez já na primeira música de trabalho, e discorre sobre um das canções que estará no próximo disco de estúdio (ou sobre o ‘resumo da ópera’), ela compara: “um homem que estava batendo cabeça, então sentou-se novamente e tomou outra taça de vinho tinto, e todos estão em casa por volta das 10 horas, com a dança e tudo mais” e continua “A maioria das músicas que fiz tem 80-90 batidas por minuto, e o motivo é bastante chato: quando eu caminho, eu ando nessa velocidade”
Mesmo com toda licença poética e comparações não óbvias, já conseguimos ir juntando as peças do quebra-cabeça musical da mente da Björk Guðmundsdóttir.
Por ser um disco criado com plano de fundo pandêmico, a cantora compartilha como foi passar tanto tempo dentro reclusa em sua residência localizada na Islândia “nunca tinha se divertido tanto”, acrescentando que “não ficava tão animada desde que eu tinha 16 anos”. “Acordar todos os dias na minha cama, sempre tão surpresa e com os pés no chão e calma”, disse ela. “Nós, como islandeses, temos muita sorte porque estamos indo muito bem em comparação com outras nações que tiveram que lidar com esta pandemia.”
A artista pretende adicionar no material de divulgação nada menos que uma exposição de arte, no Centre Pompidou-Metz, museu de arte moderna e contemporânea em Metz, na França. Essa notícia vem através do comunicado à imprensa disparado pelo próprio museu. A exposição se chamará ‘Un jardin d’intérieur’ (‘um jardim interior’) e seguirá em ativa até maio de 2022. Esse projeto acontece em parceria com o designer James Merry que trará obras relacionadas aos efeitos naturais. A instalação terá como propósito ser uma experiência imersiva, focada no fluxo natural e existência de jardins vivos inseridos nas estruturas da galeria.
Ela também estrelará The Northman, de Robert Eggers – seu primeiro papel no cinema desde Dançando no Escuro, de 2000. O épico Viking, que também é estrelado por Alexander Skårsgard, Anya Taylor-Joy, Ethan Hawke e Nicole Kidman, chegará aos cinemas em 8 de abril.