Linn da Quebrada Linn da Quebrada – foto: divulgação

Em busca da igualdade de gênero, empresa promete bancar os cachês de artistas trans para shows em todo o Brasil

Sergio Borin
Por Sergio Borin

Na arte, a diversidade é o elemento principal: Empresa de bebidas quer dar mais visibilidade para travestis, pessoas trans binárias e não binárias em palcos espalhados pelo Brasil. Iniciativa  vai assumir os cachês de artistas trans.

Qual o último show de uma pessoa trans você viu? Quantos artistas trans fazem parte da sua playlist mais ouvida? Sabemos que o talento nunca esteve em falta, mas porque tantos palcos seguem sem apresentar diversidade para travestis e pessoas trans binárias e não binárias? No mês do Orgulho LGBTQIAP+, a Beats anunciou uma ação bastante interessante no setor: bancar os cachês de artistas não-cisgêneros, com objetivo de ampliar as vozes que querem e precisam ser ouvidas em todo nosso território nacional. 

 

 

Uma das características mais bacanas da ação é que ela pode ser solicitada por bares e casas noturnas, através de um cadastro. Basta entrar no perfil da empresa no Instagram, preencher o formulário de inscrição (link localizado na bio). Para os artistas que procuram lugares para se apresentarem, os passos são os mesmos.  A conexão das casas de show com os artistas e curadoria ficaram nas mãos da DIVERSITY BBOX Consultoria (negócio social voltado para a promoção de Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas e instituições) e o Instituto [SSEX BBOX]

Neste ano começamos o projeto com o apoio a Marcha do Orgulho Trans e temos muitas novidades pela frente, não vamos parar por aqui!”, completa. Quem embarcou com Beats nessa história, foi a artista indicada duas vezes ao Grammy Latino e mulher trans Raquel Virgínia. Apoiar a cena artística trans é uma aposta certa. O talento que essa comunidade traz é notório. Precisamos apoiar a diversidade também em cima dos palcos. O que estamos fazendo é levar talento para diferentes pessoas”, ressalta a artista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O setor cultural se equilibra sobre equações difíceis. A arte demanda inovação e experimentalismo. O público, no entanto, se sente seguro prestigiando artistas que já conhecem. Quando se trata de minorias então, a conta fica ainda mais difícil de fechar. Ações como essa ajudam trazer visibilidade para artistas talentosos e ainda permitem que casas de shows tenham a garantia dos custos cobertos.

 

 

× Curta Music Non Stop no Facebook