banda Gato Preto Gato Preto – foto: Tarcísio Ferreira

Banda alagoana Gato Negro lança o belíssimo Mestiço, mergulhado no soul rock brasileiro

Jota Wagner
Por Jota Wagner

A redação do Music Non Stop se levantou para dançar o novo disco do Gato Negro, Mestiço.

Direto de Alagoas, o trio Gato Negro nos enviou seu segundo disco, Mestiço. O disco é um mergulho na música brasileira setentona, revisitada por competência pelo grupo e tem uma vibração que nos remete a Hyldon, gênio criador de Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda. Belíssimo.

Se na mitologia grega Cérbero, o cão de três cabeças, guarda o submundo, para a banda alagoana Gato Negro, sua contraparte felina guarda o paraíso. E é por isso que ela estrela a capa de “Mestiço”, segundo álbum de estúdio do trio, onde mergulha fundo nos grooves mais psicodélicos e dançantes dos anos 70, mesclando ao rock alternativo e ao blues.

“‘Mestiço’ é a evolução natural de ‘Cio’, nosso disco de estreia. Uma mistura de sentimentos aguçada pelo isolamento da pandemia e uma vontade louca de emanar energias positivas”, conta o vocalista e guitarrista Paulo Franco, que também assina a produção musical.

Além dele, a banda conta com Wilson Silva na bateria e André Damasceno no baixo. O disco ainda traz Natan no trompete e flugelhorn. Iniciada em 2007, a Gato Negro reuniu um repertório autoral que une funk, soul, rock e blues indo de Tim Maia até Led Zeppelin. Seu disco de estreia, “Cio”, foi lançado em 2015, e durante a pandemia eles se inspiraram na vontade de trazer algo novo, algo luminoso.

Capa do disco Mestiço, do Gato Preto

Disponível em todas as plataformas musicais e com capa assinada pela artista plástica Ana Noronha, “Mestiço” é um disco para se ouvir no fim de noite ou para relaxar em casa e mostra uma nova página de um grupo que quer se reinventar para se aproximar do público.

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.