No final do ano passado, a Ableton lançou a versão 2 do Push, controlador de software do Live, e ferramenta de trabalho de um monte de gente bacana no mundo da música eletrônica.
Agora finalmente a Ableton ganha distribuição oficial no Brasil através da Music Company.
O Push 2 chega aqui na terrinha na faixa dos R$ 5 mil.
Não é exatamente um brinquedo barato.
Mas para ficar um pouco mais fácil para nós brasileiros eles incluíram a licença do Ableton Suite.
O mesmo produto nos EUA (Push 2 + Ableton Suite) em tempos de dólar a R$ 4 (ou mais…) fica mais caro do que isso.
Testei o Push 2 no estúdio e ao vivo.
Como ferramenta de estúdio ele melhorou muito. A nova tela LCD é uma maravilha. Todos os comandos e faixas aparecem com nomes completos, as cores são lindas.
Mais do que isso, dá para editar samples no próprio Push, como nos bons e velhos samplers, só que tudo com as waveforms na tela.
Os pads estão muito mais sensíveis, agora dá para dizer que ele realmente se transforma em um instrumento, dispensando até mesmo um teclado para quem pegar a manha de tocar na matriz de 64 teclas ao invés do tradicional controlador MIDI na forma de teclado.
Ao vivo a história é outra.
Precisei reduzir a sensibilidade das teclas no setup do Push 2, porque as sutilezas da maior qualidade se perdem um pouco com o set bombando e você ali, tocando, pulando e suando.
O Push 2, assim como a versão 1, funciona via USB ou com o complemento de uma fonte, que deixa as luzes LED bem mais visíveis.
Na primeira encarnação do Push as luzes extras ajudavam, mas eram apenas um extra, usei o meu tanto sem a fonte que até perdi a dita cuja.
Já no Push 2 tocar sem a fonte ao vivo é bem incomodo.
A energia extra que a nova tela consome precisa ser complementada pela fonte, senão as luzes ficam realmente muito fracas.
Chega a atrapalhar, ainda mais em um ambiente com luz de refletor em cima.
A caixa vem com um cabo USB com conector em “L” para o lado errado, porque fica bem para cima da entrada de força da fonte. Além disso tem adaptadores para todo o tipo de tomada, até para o nosso glorioso padrão brazuca.
Enfim, o Push 2 é realmente muito bem concebido e construído.
A tela de LCD coloca ele em pé de igualdade para disputar mercado com o Maschine da Native Instruments, não só como controlador mas como um instrumento.
E agora ninguém mais vai precisar trazer um escondido na mochila de viagem.