Ao lado de nomes como Jean-Michel Jarre, Busy P e Chloé Caillet, projeto de música eletrônica toca na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas
Ao anunciar a recente morte da vocalista Danielle Moore em suas redes sociais, Chris Todd e James Baron, do Crazy P, declararam que “vão precisar de um tempo para processar o que aconteceu”. Uma notícia como essa é um soco no estômago, ainda mais quando a tragédia acontece de uma forma surpreendente. Foi o caso do acidente com Philippe “Zdar” Cerboneschi, metade do cultuado duo eletrônico francês Cassius, em 2019. Zdar se acidentou ao cair de um edifício em Paris, interrompendo a carreira de um dos projetos mais bacanas do cenário da música eletrônica.
Passado o choque inicial, o fundador remanescente do projeto, Hubert Blanc-Francard, mais conhecido como Boombass, seguiu em carreira solo até que a saudade das gigs com a banda que o tornou famoso falasse mais alto. Blanc-Fancard fará, após cinco anos de luto, a primeira apresentação desde o falecimento do parceiro.
A apresentação tem um motivo muito especial. O Cassius voltará aos palcos para tocar na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris, ao lado de Jean-Michel Jarre, Anetha, Busy P, Chloé Caillet e Kiddy Smile, outros ícones da música eletrônica francesa. O evento rola neste domingo, 08 de setembro, no Stade de France.
Até o que se sabe no momento, a apresentação será pontual, motivada pelo nobre propósito do comitê olímpico em saudar a nata da música eletrônica de país sede. Em seu anúncio, Boombass também não divulgou se algum outro artista substituirá Zdar na apresentação, ou se ele cuidará sozinho da performance.
Philippe Zdar faleceu aos 50 anos. Botou a mão em trabalhos importantes de grupos como Hot Chip, Phoenix, Franz Ferdinand, Cat Power e Robyn. O retorno servirá, muito mais do que um retorno da música do Cassius a um palco, para homenagear um dos grandes produtores da onda musical chamada “french touch”, movimento que expandiu a nova música eletrônica francesa para o mundo.