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A vida do host Xampy é tão bafônica que virou filme, num enredo sobre noite, drogas, preconceito e superação; assista

Emanuel Xampy Fontinhas, ou somente Xampy, é um dos hosts mais requisitados e simpáticos da noite paulistana, recebendo os clubbers nas festas mais bacanas da cidade. E quem cruza com a descolada figura desse paulistano de 35 anos, não sabe o tanto de história bafônica que ele já viveu.

Xampy é justamente o nome e tema de um curta-metragem documentário que resume brevemente a vida do rapaz, entre a difícil infância como menino gay na zona leste paulistana, a descoberta fascinante da noite e da música eletrônica na matinê da Toco, emblemática casa da Vila Matilde, e a complicada vida sob a cocaína e – cargas d’água, na cadeia.

O filme retrata Xampy por São Paulo e exibe, além de suas histórias, seus amigos, familiares e alguns momentos dele trabalhando na noite. Dá para assistir ao curta na íntegra no player abaixo, e a trilha fica por conta das músicas New Again (Érica Alves e Zopelar), I Want to Walk These Days (Kid From Amazon), My wolf, My Lover (Sérge Erége) e Coins (Erin K and Tash).

CONVERSAMOS COM  DANIEL WIERMAN, QUE DIRIGIU O FILME JUNTO DE PAULO MENEZES, PARA SABERMOS UM POUCO MAIS SOBRE A PERSONAGEM E SUA HISTÓRIA QUE VIROU FILME – XAMPY JÁ É UM SUCESSO MUNDO AFORA!

 

Music non Stop – Como vocês conheceram o Xampy e por que decidiram fazer um filme sobre ele?

Daniel Wierman – Eu conheci o Xampy na casa de um amigo, quando ele tinha saído da penitenciária a primeira vez pra esperar o julgamento em liberdade. Era tipo um encontro dos amigos depois do drama da prisão. Todas as vivências lá dentro que ele teve estavam muito latentes, e maneira que ele foi contando o que tinha passado lá me fascinou não só pelas histórias mas pela maneira de contar do Xampy. Pensei: isso é um filme ! Mas guardei isso pra mim.

Depois disso o Xampy foi condenado e ainda passou mais um tempo preso e alguns anos depois eu conheci o Paulo Menezes que estava chegando de uma temporada de 10 anos em Londres e já tinha experiência com documentários. Logo que eu conheci o Paulo, pensei: agora sim tenho um parceiro pra fazer o filme do Xampy. Contei a história pra ele e ele ficou super animado de cara.

Music non Stop – Se você fosse apresentar o Xampy para alguém, como o faria?

Daniel Wierman – Essa é o Xampy. Amigo querido, professor de história e host de festas underground.

Music non Stop – Como foi a produção? Qual a maior dificuldade de colocar um documentário na roda?

Daniel Wierman – A produção foi toda na raça com os nossos equipamentos. Desde a arte gráfica até a trilha sonora foi feita por colaboradores que acreditaram no filme. O Paulo Menezes que editou

Music non Stop – O filme está rodando por festivais, certo? Como tem sido a inserção dele nesse roteiro e a recepção geral?

Daniel Wierman – O Filme rodou mais de 20 festivais no mundo. Ele estreou no Mix Brasil em 2014, passou por festivais grandes de temática LGBT como o Roze Filmdagen de Amsterdam, o Festival do Rio, o FilmFest de Hamburg, uma mostra trans pelos EUA que chama Festival Transterritorial De Cinema Underground, Taiwan International Queer Film Festival de Taiwan, o Curta o Gênero de Fortaleza, entre outros.

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