
A Selvagem faz 5 anos e quem ganha o presente é você: um playlist com 132 hits da festa!
Não é segredo nenhum que a Selvagem mudou a minha vida e a do Millos. Antes da nossa gênese, em 2011, eu tinha desencanado completamente do sonho de ser DJ; tinha desistido da noite, basicamente. Quando a gente se conheceu, foi o Millos que veio com a ideia de fazer festa.
Na época em que tudo começou, a gente tinha um emprego normal, tocávamos por diversão, pela sensação quase indescritível de fazer as pessoas dançarem, de se perder na música pra esquecer da vida. O Paribar caiu no nosso colo através do Thomash (Voodoohop), que descobriu o lugar e não estava dando mais conta de fazer mais uma festa. E, de certa forma, depois que começamos a Selvagem, a festa acabou caindo na vida de outras pessoas.

Tocando em casa: Augusto e Millos no Paribar, onde tudo começou
No primeiro ano chovia praticamente em toda edição – e não era garoa não, era tempestade tropical. Mesmo assim sempre tinha 200, depois 400, depois 800 pessoas. Um ano e meio depois, apareciam mais de mil, quase tudo circulando à boca pequena, uma festa na rua, de graça, que tocava todo tipo de doideira que não tocava mais por aqui. Parecia que a festa tinha virado um porto seguro não só pra nós, mas pra diferentes tipos de pessoas – gente que tinha desistido da noite, gente que frequentava outros rolês, gente de todo o tipo. Gostávamos de chamar a Praça Dom José Gaspar de “zona autônoma temporária”, um lance bem Hakim Bey, onde tudo era permitido. Era uma história linda, com timing perfeito, algo que capturou o espírito dos últimos anos.

Ao mesmo tempo, para nós a Selvagem não era só uma festa na rua, ela podia ser muita coisa – uma festa num galpão ou num inferninho, um evento de Carnaval muito louco, um agente catalisador de redescobertas de música brasileira, ou simplesmente o nome da dupla de DJs que toca por aí. Até que largamos nossos empregos pra viver basicamente de materializar todos esses sonhos – tocar música, gerenciar a vibe da galera, brincar com o inconsciente coletivo, fazer música, viajar, tudo com o propósito de fazer os outros se divertirem. É muito maluco pensar nisso: “nosso trabalho é fazer os outros se divertirem”.

Tocando em Nova York: a Selvagem ganhou outros públicos
Desde que tudo começou, espalhamos nossas pegadas por Paribar, Trackers, 1 e 1/2, Casa da Luz, Trilhos, galpões alhures, Comuna, Cais da Imperatriz, quadra da Vizinha Faladeira, viajamos pra fora do país por mais de cinco vezes, lançamos discos, tocamos na rua e em evento da Louis Vuitton, sempre andando na linha tênue e perigosa do high-low.
Depois de 5 anos, revisitando várias memórias – musicais, visuais e também aquelas impublicáveis -, vendo tudo o que a gente conquistou até agora e que temos muito mais por fazer nesse universo da noite e da música, ainda sentimos aquele frio na barriga que te faz sentir vivo. E ao olhar para o lado e encontrar ao redor um monte de gente que acredita no que a gente faz, comungando do mesmo amor e energia, mostra que estamos no caminho certo.
OUÇA O PLAYLIST CLÁSSICOS DA SELVAGEM
RELEMBRE MOMENTOS DESSES CINCO ANOS DA FESTA SELVAGEM
- No Paribar
- Carnaval
- Em Madrid, abraçando um pinheiro
- Europa é só glamour
- Pirando as pessoas em Lyon (França)
- Selvagem em Berlin
- Carnaval 2015
- Carnaval 2014
- Depois de começaramos nossa história no Rio dentro da Comuna encontramos em 2015 um lar para nossa residência carioca no Cais da Imperatriz, na Gamboa, onde engatamos uma série de festas ótimas que continuam até hoje
- Comprando discos na Europa
- Provavelmente nossa foto mais famosa, tirada para o programa de rádio Beats in Space, do Tim Sweeney. Ter um set de música brasileira, misturando funk, psicodelia, disco, rock, samba e electro, no programa foi uma das boas coisas que aconteceu no nosso começo de história, dando uma outra dimensão pro nosso trampo. Pouco tempo depois lançamos nosso primeiro vinil através do selo do Tim – outro marco
- Primeira viagem internacional da Selvagem, em julho de 2013, quando tocamos em Nova York e na Philadelphia. Difícil esquecer do por do sol no alto do Standard Hotel do High Line num domingo à tarde, só boas vibrações tocando no Le Bain
- A gente com o Kiko Costato, o amigo em comum responsável por apresentar um ao outro
- Selvagem com Pedrinho
- A Selvagem foi forjada no Paribar, de maneira que depois de um tempo as duas histórias se confundiam. Começamos de onda em 2011/2012, fazendo as festas pra se divertir entre amigos, mas com o passar do tempo a festa foi virando ponto de encontro pra diferentes rolês, uma zona de brodagem geral e irrestrita que combinava com nosso estilo livre de tocar música pra dançar. Lá tivemos algumas festas mais que memoráveis – a do aniversário de São Paulo em 2015 é uma que sempre vem à cabeça, talvez porque tenha sido gravada, ou a de junho de 2012 que reuniu Optimo e toda a galera do Franz Ferdinand -, mas todas têm um lugar especial no coração por sempre nos fazer sentir em casa
- Registro raro do nosso primeiro set juntos, numa Voodoohop com Munk na Trackers em outubro de 2011. Foi tão bem que parecia que a gente tocava junto há anos. Rolou até “Inspector Norse”, que na época nem tinha sido lançada oficialmente pelo Todd Terje
- Calvi
- Lisboa
- Carnaval no Rio
- Carnaval 2016
- Carnaval 2015
- Carnaval 2015
- Bahia 2015
SELVAGEM 5 ANOS
Sexta, 16/12, a partir das 23h59
Sao Pedro Sauna & Piscina
Rua Guaicurus, 720, Barra Funda
Line-up: Selvagem e Raphaël Top-Secret
Preço: R$ 30 (antecipado) e R$ 50 (na hora)