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A história do Massacre da Serra Elétrica: sequência de clássico do terror estreia na Netflix

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Dia 18 de fevereiro estreia, na NetflixMassacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface sequência do filme que aterrorizou os espectadores nos anos 1970

Quando lançado nos cinemas, O Massacre da Serra Elétrica parecia ser apenas mais um ‘filme b’, em cartaz. Entretanto, diante de um sucesso estrondoso, o cult movie ficou imortalizado na cultura pop, sendo conhecido até mesmo por quem nunca o viu.

Certamente, qualquer pesquisa pelo título ou pelo nome do vilão, Leatherface, na internet mostrará desde os filmes até bonecos, camisas e outros colecionáveis. Mas, em 1974, ano em que o filme foi lançado, as primeiras impressões sobre ele não eram nada pop. Jornais, revistas, programas de TV e críticos de cinema intitularam o filme de violento, vil e de extremo mal gosto. Além disso, queriam que ele fosse restrito para menores de 17 anos sem acompanhantes. Aqui mesmo, no Brasil, o filme só estreou nos cinemas em 28 de agosto de 1987, 13 anos depois do lançamento nos Estados Unidos.

Inegavelmente todo o imaginário criado em torno de ‘Massacre’ auxiliou muito em sua popularização.

Elenco posando na varanda da casa em que o filme foi gravado – IMDb

Criação, desenvolvimento e elenco

No início dos anos 1970, Tobe Hooper, um cinegrafista de documentários começou a perceber como a mídia cobria os casos de violência, principalmente na região de San Antonio, no Texas. Isso deu a ele a ideia de desenvolver um filme ambientado no calor texano, em uma região isolada. Além disso, as mudanças culturais e política da época foram outro ponto de influência na criação do roteiro de ‘O Massacre’.

A Guerra do Vietnã e a ausência de importância que o governo estadunidense dava à vida alheia, a brutalidade e os massacres fizeram Hooper se unir a Kim Henkel em 1973 e, em menos de um mês, desenvolverem o roteiro do filme. O elenco foi selecionado entre atores e figurantes de comerciais da região em que o filme foi gravado, sendo que Marilyn Burns, a garota do final, Sally, era a única com experiência em teatro.

Entretanto, além de Sally outro personagem que se destacou foi o de Gunnar Hansen, o assassino Leatherface. O ator se destacou em um encontro com diretor e roteirista, além de conseguir passar em todos os testes. Além de se destacar pelo porte físico, Gunnar também chamou a atenção por sua capacidade de interpretação. Para compor o personagem, descrito pelos criadores como um deficiente mental o ator visitou uma escola para crianças PCD, com o objetivo de observar sua postura e gestos.

As gravações iniciaram em 15 de julho de 1973 e se encerraram em 14 de agosto do mesmo ano. As cidades de Austin, Bastrop e Round Rock serviram de locação. Durante as filmagens alguns atores e atrizes correram risco, pois Gunnar não sabia manusear bem a motosserra e, em alguns momentos, quase atingiu o rosto dos colegas de elenco.

Teri McMinn – IMDb

A fotografia sufocante de Daniel Pearl

Desde a primeira cena que sentimos todo o calor e incomodo que emana e emanará da história que assistiremos. Aproveitando do sol quente do sul estadunidense a produção de ‘Massacre’ encontrou uma maneira de transmitir ao espectador o desconforto vivido pelos personagens.

Se não bastassem as longas sequencias de tortura psicológicas ou a casa ornamentada com crânios humanos e animais, a cinematografia de Daniel Pearl completa a ambientação opressora do dia fatídico. Com a escolha de câmeras de 16 mm, comum em documentários, Pearl conseguiu imprimir no filme certa sensação de veracidade, como se não fosse uma ficção e sim um registro. Além disso, a câmera subjetiva brinca com nossas expectativas e receios, posicionando o olhar de quem assiste ‘dentro’ da cabeça das vítimas.

IMDb

A influência de Ed Gein em ‘O Massacre da Serra Elétrica’ e outros clássicos do terror

O personagem Leatherface não é a primeira aparição de um assassino que guarda partes de suas vítimas como lembrança. Inclusive, nos estudos comportamentais sobre assassinos em série, souvenires costumam ser citados como parte do modus operandi dos criminosos.

Um quarto de século antes de Tobe Hopper chocar Hollywood com um assassino que vestia a pele das vítimas, os Estados Unidos já tinham se assustado com um caso real que tinha semelhanças com o filme. Ed Gein, natural de Plainfield, Winsconsin, foi preso por violar túmulos, sequestrar e matar duas mulheres e suspeito de mais cinco desaparecimentos.

O crime foi tão chocante que autores usaram do caso para criar personagens com personalidades macabras, baseadas em Gein, como Norman Bates, de Psicose e Buffalo Bill, de O Silêncio dos Inocentes.

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Filmes da franquia ‘O Massacre da Serra Elétrica’ em ordem de lançamento e onde assistir

Enquanto o dia 18 não chega, que tal maratonar os muitos capítulos da franquia ‘Massacre da Serra Elétrica’? Deixamos aqui a dica de onde assistir aos títulos que se encontram disponíveis em streamings brasileiros, em ordem de lançamento.

1974 – O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre) – Darkflix

1986 – O Massacre da Serra Elétrica Parte 2 (The Texas Chainsaw Massacre – part 2) – Darkflix

1990 – Leatherface – O Massacre da Serra Elétrica 3 (Leatherface: Texas Chainsaw Massacre III) – Darkflix

1994 – O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno (Texas Chainsaw Massacre: The Next Generation) – indisponível em streamings no Brasil

2003 – O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre) – indisponível em streamings no Brasil

2006 – O Massacre da Serra Elétrica: O Início (The Texas Chainsaw Massacre: The Beginning) – HBO Max

2013 – O Massacre da Serra Elétrica 3D — A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D) – Netflix

2017 – Massacre no Texas (Leatherface) – GloboPlay

2022 – O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface (Texas Chainsaw Massacre) –  lançamento em 18 de fevereiro na Netflix

 

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