Jimmy Cliff Foto: Reprodução/PL Gould/Images/Getty Images

Jimmy Cliff para além de “Reggae Night”: 6 faixas históricas

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Lenda do reggae faleceu nesta segunda-feira, 24 de novembro, aos 81 anos

Lenda jamaicana do reggae, Jimmy Cliff nos deixou. À maioria dos brasileiros, ficou a lembrança de Reggae Night, grande sucesso do homem por aqui, com direito à transmissão do videoclipe no programa dominical Fantástico, líder de audiência na TV Globo, em 1983.

A música de Cliff, e sua própria ligação com o Brasil, porém, vão muito além. Em 1968, o cantor debutou no país cantando para um Maracanãzinho lotado no Festival Internacional da Canção. Escreveu a maior canção de protesto de todos os tempos, segundo Bob Dylan, e jamais deixou de lado temas como racismo e violência, enquanto adiconava soul, funk e música pop às suas raízes reggae.

Conheça outras seis faixas históricas na vida de Jimmy Cliff, selecionadas pelo Music Non Stop!

A primeira

Em 1962, Jimmy Cliff estreou no mundo da música com Dearest Beverley, um soul produzido por Leslie Kong, a quem convenceu a aceitar como artista dentro de uma loja de discos.

O sucesso na Jamaica

Após duas tentativas meio fracassadas, o sucesso nacional veio com a música Hurricane Hattie, um ska sensacional, também produzido por Leslie.

A chegada ao Brasil

Esqueça Reggae Night. A relação de Jimmy Cliff com o Brasil é muito anterior. O artista se inscreveu no Festival Internacional da Canção em 1968, foi selecionado e veio apresentar Waterfall no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Foi um tremendo sucesso e, depois disso, o país virou sua segunda casa.

Protesto contra a guerra

Vietnam foi eleita por Bob Dylan como a “melhor canção de protesto de todos os tempos”, lançada em 1970. “Ontem recebi uma carta do meu amigo que está lutando no Vietnã. Ele disse: ‘diga a todos os meus amigos que estarei em casa logo, estarei por aí em junho'”, canta Cliff. No dia seguinte, a mãe do amigo de Cliff recebeu um telegrama avisando que seu filho havia morrido em combate.

A África

Em 1976, Jimmy Cliff resolveu dar um rolê pela África. Conheceu a Nigéria e fez shows por lá. A experiência resultou na canção Meeting in Afrika, adicionando à sua música elementos locais.

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A despedida

Em 2022, Jimmy Cliff lançou o último álbum de estúdio de sua carreira. Político, o disco conta com faixas como Rascism, We Want Justice e Security. A faixa-título, Refugees, foi gravada ao lado de Wyclef Jean.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.