Patti Smith Foto: Divulgação

‘A Amazônia’: Exposição de Patti Smith em SP começa neste sábado

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Planejada pela artista em conjunto com o coletivo europeu Soundwalk Collective, mostra tem a Floresta Amazônica como tema

Ícone literária e musical, nossa Patti Smith não perde viagem. A multiartista que ajudou a inventar o punk cola em São Paulo para dois shows (esgotadíssimos) no teatro Cultura Artística, dias 29 e 30 de janeiro. Mas não para por aí. A festança serve como abertura para a exposição que ela mantém em conjunto com o coletivo europeu Soundwalk Colletive há dez anos. O tema da mostra será a Floresta Amazônica.

A Amazônia fica em exposição na Casa Iramaia, na Barra Funda, por apenas uma semana (de 01 a 08 de fevereiro) e promete ser disputada. A mostra reúne filmagens e fotografias da floresta com intervenções poéticas de Smith. A proposta é discutir a intervenção humana no ambiente. Em Burning 1946-2024, por exemplo, a escritora (a cantora fica só nos dois shows do Cultura Artística) e o artista visual Stephan Crasneanscki interagem sobre o tema das queimadas na floresta. Crasneanscki fundou o Soundwalk Colletive e visita a Amazônia há 15 anos. Outras instalações, como Rima, sobre o Rio Amazonas, fazem parte da exposição.

A visitação é gratuita, mas precisa ser agendada no site da Casa Iramaia, aberta entre 11h e 19h de segunda à sexta-feira. O Music Non Stop recomenda fortemente que você corra atrás da sua reserva. Os ingressos para seus shows se esgotaram em poucas horas.

Crasneanscki criou o Soundwalk Collective em 2001. Sete anos depois, Simone Merli se juntou ao grupo, baseado em Nova Iorque e Berlim. Multidisciplinar, a turma é boa em parcerias. Já passaram pelo coletivo, além de Patti Smith, o músico Mulatu Astatke, presença confirmada no C6 Fest 2025, o diretor de cinema Jean-Luc Godard, o pianista Philip Glass, o diretor Abel Ferrara e a cantora e atriz francesa Charlotte Gainsbourg.

Patti Smith
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Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.