Seu Osvaldo Seu Osvaldo Pereira, primeiro DJ do Brasil. Foto: Nego Junior/Divulgação

1º DJ do Brasil, seu Osvaldo será homenageado por filho e neto nesta sexta

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Hoje aposentado, Osvaldo Pereira inventou a discotecagem no Brasil

Se você é um leitor assíduo do Music Non Stop, conhece bem a história de seu Osvaldo Pereira, o primeiro DJ brasileiro. O gênio, que só pendurou as chuteiras aos 90 anos de idade, deixou também uma hereditariedade na família Pereira. O filho e o neto são DJs, e vão fazer uma festa em homenagem ao patriarca nesta sexta-feira, dia 24 de janeiro, no simpático Cineclube Cortina, em São Paulo.

Jean Pereira (o filho) e Dinho (o neto) vão tocar em uma noite toda dedicada ao seu Osvaldo, com direito a apresentação do documentário Uma Antologia Negra, dirigido por Nalu Silva, com a história do grande pioneiro das discotecagens no Brasil.

Um pioneiro que começou na vida da discotecagem em 1958, não por ler sobre o tema em revistas importadas, mas por necessidade mesmo. Como a sua galera (os negros da periferia) não tinha grana para pagar os caros ingressos dos bailes animados por orquestra, ele fez um curso de eletrônica, criou o próprio equipamento e começou sua Orquestra Invisível, em que tocava discos atrás da cortina do palco. Assim reduzia o custo da entrada. Ou seja, seu Osvaldo inventou a discotecagem no Brasil (e por tabela, o jeito Gorillaz de fazer show).

História, diversão e drinks. É disso que a gente gosta, na véspera do aniversário da cidade que dançou ao som de Osvaldo Pereira.

Homenagem seu Osvaldo

Jean e Dinho Pereira. Foto: Divulgação

Serviço

Veraneio São Paulo em homenagem a seu Osvaldo Pereira – Cineclube Cortina

Data: 24 de janeiro de 2025 (sexta-feira)
Local: Cineclub Cortina: Rua Araújo, 62 – República, São Paulo/SP
Horário: A partir das 20h
Ingressos: A partir de R$ 35,00 via Sympla

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.