Playlist digital: a evolução do mercado musical com criptomoedas e NFTs
Segundo dados da plataforma CryptoSlam, os NFTs têm observado uma queda contínua em 2024, mas isso não significa que eles não tenham valor e não impactem a comercialização de músicas na internet
Embora costumem ser usadas como sinônimo de moedas digitais, os Bitcoins são apenas um tipo de criptomoeda, com uma infinidade de outras existindo com menor espaço no mercado online. Elas não são um fenômeno novo, mas vêm expandindo o seu uso de acordo com as inovações tecnológicas.
Uma dessas inovações são os NFTs, sigla de Non-Fungible Token, um tipo de ativo digital que utiliza a tecnologia das blockchains para entregar ativos digitais autênticos e exclusivos. Essa explicação pode parecer um pouco “técnica demais” para quem está de fora, mas é fácil compreender os NFTs na prática.
Este texto tem como objetivo mostrar como as criptomoedas estão impulsionando a criação de novos NFTs musicais e modificando como a propriedade intelectual do setor funciona. Assim como outras tendências online, as criptos têm alterado como a arte é criada e comercializada nos espaços online.
Qual a relação entre as criptomoedas e os NFTs?
Antes de adentrarmos no espaço musical, é essencial explicar alguns conceitos básicos, como a relação entre as criptomoedas e os NFTs. A principal conexão entre os dois é a tecnologia blockchain, citada durante a introdução, a qual serve de base para registrar as transações de maneira descentralizada.
Isso, naturalmente, inclui os NFTs musicais. Para além da blockchain, há também o uso de ambas as moedas: embora os NFTs em si não sejam criptomoedas, eles podem ser utilizados com esse propósito, da mesma maneira que podemos usar obras de arte físicas como parte de pagamentos em negociações.
Também conseguimos citar o fato de que frequentemente NFTs (musicais ou não) são comprados com criptomoedas. Por se tratarem de espaços parecidos, quem se interessa por obras em NFT costuma já ter conhecimentos sobre as moedas digitais, fazendo com que essa forma de pagamento seja muito comum.
Vale a pena investir no mercado de NFTs musicais?
Você sabe dizer qual o valor do Bitcoin hoje em dólar? É muito provável que a resposta seja “não”, já que o quanto essa moeda digital vale varia constantemente. Só do momento em que você começou a ler esse artigo até agora, o Bitcoin já passou por ao menos uma flutuação com relação ao real brasileiro.
Esse é o mesmo fenômeno que acontece com outros tipos de moedas, o que aponta a necessidade de saber valores em tempo real; algo possível na Binance e em plataformas similares. Isso é útil na área de NFTs musicais, pois garante que saiba o quanto suas obras exclusivas valem em cada momento.
Ou seja: a resposta para a pergunta “vale a pena investir no mercado de NFTs musicais” é: depende! Aliado à flutuação de valores, é preciso considerar também a popularidade do artista em questão, o que, mais uma vez, é similar às mídias tradicionais. Quanto mais conhecido o artista, mais o NFT vale.
Como o mercado musical vem interagindo com os NFTs?
O mercado musical atual interage com os NFTs de múltiplas formas, sendo as principais a venda de álbuns e singles exclusivos na blockchain, oferta de itens colecionáveis, licenciamentos, remixes e criações colaborativas, parcerias com marcas e até mesmo a integração com aspectos do metaverso.
Dentre todos esses itens, as vendas de álbuns e singles exclusivos é aquele de mais destaque. Esse não é um conceito novo, porém. Em 2015, o grupo de hip-hop Wu-Tang Clan vendeu uma única cópia do álbum “Once Upon a Time in Shaolin”, o que basicamente o torna exclusivo, mas apenas fisicamente.
E esse é um exemplo único. Na prática, isso significa que, com o auxílio da blockchain, esse tipo de experiência é melhor delineada, entregando algo novo e indisponível fora dos espaços digitais. O quanto os NFTs impactarão o mercado musical é algo que apenas o futuro poderá nos dizer.
NFTs e a relação entre artistas e fãs
Além de impulsionarem a venda de músicas exclusivas, os NFTs criam novas possibilidades de interação entre artistas e fãs. Por exemplo, os músicos podem oferecer experiências personalizadas, como acesso a bastidores, eventos exclusivos e até mesmo conteúdos inéditos, tudo em formato digital e certificado como único pela blockchain.
Essa dinâmica cria uma conexão mais direta entre eles, removendo intermediários tradicionais, como gravadoras e distribuidoras. Para os fãs, isso significa uma experiência mais autêntica e valiosa e, para os artistas, é uma nova maneira de reforçar sua identidade no mercado digital.