O Into The Valley é um festival sueco que além de ter um line-up de outro mundo acontece dentro de uma cratera!

Lalai Persson
Por Lalai Persson

O festival sueco de música eletrônica Into The Valley chegou à sua segunda edição e entrou na lista de “festival que tem que ir” de muita gente. Quando me indicaram, eu o cogitei justamente porque estaria em Estocolmo na época e quase caí de costas quando vi as fotos do lugar onde ele acontece. Não titubeei, me organizei e cheguei por lá no último fim de semana de julho, após uma agradável viagem pelo interior da Suécia.

Separei 5 motivos para que você considere colocá-lo na lista de festivais pra ver em 2017. Mas o alerta é: acima de tudo você precisa amar música eletrônica, claro!

1) A LOCAÇÃO

É uma das mais incríveis do Planeta. Dalharlla, o grande anfiteatro onde é hospedado, há milhões de anos foi atingido por um meteorito que caiu no meio da floresta. O lugar virou uma pedreira e tem uma forma muito especial. São grandes degraus ao longo dos seus 400m de comprimento e 175m de largura e uma profundidade de 60m, que acaba num belo lago verde, que rodeia a lateral e a traseira do anfiteatro. É de tirar o fôlego e arregalar os olhos de tão lindo.

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Dalharlla passou a operar em 1990 e desde então serviu como palco de apresentações de ópera e música clássica. Nos últimos anos, alguns poucos produtores de festivais e shows têm namorado o local, que hoje também hospeda shows de rock, como Neil Young, que tocou por lá um mês antes do Into the Valley.

O palco principal, o anfiteatro, tem capacidade para 4.000 pessoas sentadas. A acústica beira à perfeição, com pelo menos 32 caixas sub Funktion One instaladas no palco.

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Todos os palcos são fechados, com exceção do anfiteatro. Dois deles são colados e, ainda assim, o som de um não interfere em nada no outro.
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2) O LINE-UP

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O Into the Valley busca a perfeição também em seu line-up primoroso, que este ano levou aos seus quatro palcos nomes como Ricardo Villalobos, Ellen Alien, Ben Ufo, Mano Le Tough, Motor City Drum Essemble, Black Madonna, Dixon, DJ Tennis, Tama Sumo, Nina Kraviz, Four Tet, Jeff Mills, Daniele Baldelli, Prins Thomas, Tornado Wallace, Zip, Ben Klock, John Talabot, Joy Orbison, Kink, Omar S, só para citar alguns.

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Apesar da diversidade de artistas, o festival celebra mesmo o techno, que reina absoluto durante a maior parte do tempo.

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3) ORGANIZAÇÃO

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Como tudo na Suécia, a organização do festival, mesmo com um pequeno atraso, deixou-o funcionando perfeitamente. Uma ótima área de alimentação oferecia uma diversa gastronomia, incluindo boas opções para vegetarianos. Foi colocado também um food truck de café da Etiópia torrado na hora; um bar especial de coquetéis e outro dedicado às cervejas artesanais. Muitos banheiros, nenhum dele químico (ufa!). Lugares para descanso e dois campings para quem quisesse se aventurar em “morar” no festival em seus três dias de duração. O primeiro é uma grande festa de abertura com uma programação bem enxuta, enquanto os outros dois fazem parte da programação oficial, que começava pontualmente ao meio-dia.

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4) SUÉCIA

A Suécia é um belo país com seus milhares de lagos, dias longuíssimos durante o verão, quando o sol praticamente não se põe, e vale a visita. Dalharlla fica em Rättvik, uma pequena cidade a 3h30 de trem de Estocolmo, esbanja charme com o grande Lago Siljan que a rodeia de ponta a ponta. No verão, a cidade é refúgio dos suecos para curtir a estação favorita do ano. Nesta época do ano ainda vale aquela esticada em Estocolmo, quando as festas tomam conta dos jardins e terraços da cidade com uma programação invejável.
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5) PÚBLICO


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Curiosamente 70% são estrangeiros, muitos deles alemães e ingleses. A faixa etária está na casa dos 25-35 anos, já que não é uma empreitada tão barata. Pessoas bonitas cheias de estilo e simpatia, além de uma animação contagiante. É um ótimo festival para conhecer pessoas, conversar sobre música, conhecer novos artistas e até mesmo ouvir falar de festivais que você nunca sequer ouviu falar.

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*A Lalai Persson está dando a volta ao mundo em festivais de música com o projeto #fly2fest, patrocinado pela KLM Brasil.

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