5 filhos que honraram o legado musical dos pais
A pressão pode ser gigantesca e as comparações são inevitáveis. Ainda assim, tem muito filho que segue trilhando os passos do pai
Dia 25 de setembro de 1980, um dos maiores bateristas da história do rock, John Bonham, foi encontrado morto no quarto da mansão do colega Jimmy Page com apenas 32 anos de idade. O músico engasgou com seu próprio vômito após ter consumido mais de 40 doses de vodca. A autópsia não encontrou nenhuma outra droga em seu sangue. Segundo seus biógrafos, o motivo do alcoolismo gritante de Bonham era a fobia que tinha de se ausentar por muito tempo da casa e da família, incluindo seu filho Jason, então com 14 anos.
Jason Bonham certamente tem consciência da história, o que o fez escolher em sua vida um caminho que reflete a profunda admiração pelo pai. Decidiu, também, ser um baterista dos bons, a ponto de ter substituído John em alguns reencontros do Led Zeppelin depois de sua morte, incluindo o álbum Outrider, gravado ao lado do lendário colega do pai, o guitarrista Jimmy Page.
Fazer uma opção dessas traz uma pressão dos infernos. Uma vida de comparações técnicas e artísticas entre filho e pai. Não à toa, um dos filhos de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, resolveu ser goleiro. Mas tem muita gente que encara o tranco e resolve aproveitar a genética (e a trilha, já aberta) dos progenitores para seguir na música. Alguns, na mesma música feita pelos pais.
Veja cinco exemplos de filhos que seguram firme o legado dos papais:
Jakob Nowell
O público do último Coachella ficou de cara com a surpresa. Nos vocais do Sublime, banda que se separou em 1996 após a morte do vocalista Bradley Nowell, reconheceu seu filho, Jakob, mandando muito bem. O herdeiro dos microfones da banda tinha apenas um ano de idade quando seu pai morreu em um quarto de hotel em Los Angeles. O show do festival estadunidense foi a primeira reunião do grupo desde então, e choveram elogios à performance de Jakob. Esse honrou!
Dweezil Zappa
No caso de Dweezil Zappa, não tem meias palavras. O filho do mestre Frank Zappa também é guitarrista e vocalista, e montou uma banda para excursionar tocando o repertório do pai. Para não deixar dúvidas de que é, por direito, o proprietário do legado do progenitor, nomeou o projeto de Zappa Plays Zappa.
Young Dirty Bastard
Ol’ Dirty Bastard, rapper fundador do seminal grupo de rap Wu-Tang Clan, faleceu aos 35 anos. Uma de suas melhores obras é o filho, Young Dirty Bastard, que decidiu seguir os passos do pai e se aventurar nas rimas. Apesar de ser dono de uma carreira solo bem estabelecida, o jovem canta muitos dos versos de Ol’ em seus shows.
Deacon Frey
Banda com mais de 50 anos de idade permite que, naturalmente, novas gerações assumam seu posto. Mas claro que, no caso da morte de um integrante, ter o mesmo instrumento assumido por um filho torna a história bem mais emocionante. Foi o que fez Deacon Frey, que chamou para si o posto de guitarrista da banda estadunidense Eagles, depois que seu pai, Glenn, faleceu em 2017. Deacon permaneceu no grupo até 2022.
Sean Lennon
John Lennon tem dois filhos muito bem estabelecidos no munda música, Julian e Sean Lennon, ambos donos de uma respeitada discografia independente e praticantes de um experimentalismo musical que deixaria o papai Beatle orgulhoso. Para deixar o velho mais feliz ainda, lá no reino dos céus, Sean organizou um retorno de sua banda ao lado da mãe, a Plastic Ono Band, com convidados mais do que especiais. Além de Yoko Ono, a reunião contou com gente do naipe de Kim Gordon, Thurston Moore, Bette Midler, Lady Gaga, Mark Ronson, Scissor Sisters, Harper Simon, Paul Simon e Gene Ween. Orgulho da família.