Punk-rock China Brain Failure. Foto: Reprodução

5 bandas para conhecer o punk-rock “made in China”

Jota Wagner
Por Jota Wagner

De Brain Failure a Demerit, Jota Wagner lista cinco grandes nomes da cena punk-rocker chinesa

Na China tem punk-rock? Sim, e dos bons! E as bandas falam sobre os mesmos temas de suas colegas de outros cantos do mundo, como injustiça social e autoritarismo? Sim também, colocando em xeque muita coisa que a gente aprendeu na escola sobre a nação de partido único que colou capitalismo e comunismo na mesma salada, crescendo vertiginosamente e se tornando a potência econômica que conhecemos hoje.

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Embora muito se fale sobre as preocupações da “contaminação ocidental” do governo chinês, a verdade é que a estética e a música punk chegaram forte nas principais cidades do país, e a gente pode provar. O Music Non Stop listou cinco bandas que não deixam nada a dever aos ocidentais e a gente se pergunta por que é que ainda não excursionaram pelo Brasil. Tem até bandas de Riot Grrrl no meio! Segue o fio.

Brain Failure

Formado em Pequim na década de 90, o Brain Failure é uma das bandas chinesas mais conhecidas internacionalmente, misturando punk-rock, ska e street-punk.

SMZB

Extremamente politizada, a SMZB tem músicas até sobre heróis da guerra contra o Japão apagados pela história. O grupo já foi censurado em várias cidades chinesas.

Hang On The Box

Falando sobre feminismo e totalmente inspirado no movimento Riot Grrrl, as meninas do Hang On The Box arrastam as garotas para dentro do movimento punk-rock chinês.

Gum Bleed

Também de Pequim, a Gum Bleed foi formada em 2006, já deu bons rolês pela Europa e é uma das mais conhecidas fora da China, ao lado da Brain Failure.

Demerit

A Demerit cresceu no cenário de uma das casas de shows underground mais icônicas de Pequim, a D-22, uma espécie de CBGB chinesa. A banda tem influências de Discharge, GBH e The Exploited.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.