Acontece entre 21 de outubro a 03 de novembro, a 45ª edição da tradicional Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, em formato híbrido de exibição
As sessões presenciais são gratuitas e acontecerão no Vão Livre do Masp, Vale do Anhangabaú, Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso e Centro Cultural Tiradentes. As sessões digitais também serão gratuitas. Acontecerão também sessões pagas, entretanto terão valores promocionais, no circuito Spcine (Centro Cultural São Paulo e Biblioteca Roberto Santos).
Conforme informado pelo site oficial, a seleção deste ano está voltada para a produção do cinema contemporâneo mundial em tempos de pandemia. Assim poderemos assistir a filmes que foram produzidos e exibidos sob o impacto da crise sanitária que atingiu a indústria cinematográfica em todos os continentes.
Além disso, buscando a segurança dos convidados, a 45ª Mostra terá número reduzido de convidados, assim apresentações presenciais nos cinemas bem como a presença dos profissionais da área será feita por meio de vídeos enviados previamente. Debates e entrevistas serão apresentados virtualmente no Canal da Mostra do Youtube e pelo site da Mostra.
A Voz Humana, Pedro Almodovar (Espanha)
O curta-metragem de Almodovar, baseado em uma obra de Jean Cocteau, venceu o Leão de Ouro honorário no último Festival de Veneza, pela atuação de Tilda Swinton. Nele uma mulher aguarda ansiosamente pelo telefonema de seu amante que recentemente a abandonou. Em entrevista o diretor afirmou se sentir livre por gravar um curta e por não precisar falar em espanhol.
Medusa, Anita Rocha da Silveira (Brasil)
A brasileira Anita Rocha da Silveira lançou seu segundo longa durante a Quinzena dos Realizadores, paralela ao Festival de Cannes. Neste longa de fantasia e terror a diretora falará sobre conservadorismo religioso, intolerância e violência. Mais uma vez a diretora mergulha nos medos e nas reflexões humanas sobre vida e morte.
Titane, de Julia Ducournau (França)
Titane foi o grande vencedor da Palma de Ouro na 74ª edição do Festival de Cannes. Ducournau se tornou a segunda mulher a receber o prêmio. Seu filme surpreendeu a todos por ser de gênero, abusar do body horror e da estilística visual e sonora. No filme uma mulher com uma placa de titânio na cabeça assume o lugar do filho de um bombeiro, ao tentar fugir da polícia. O filme foi descrito pela crítica como grotesco, macabro e inesquecível.
Annette, Leos Carrax (França, Estados Unidos)
Carax apresentou seu longa musical em Cannes, da mesma maneira que os filmes supracitados. A trilha do filme foi composta pelos irmãos Ron e Russel Mael, do Sparks e o filme narra a construção da masculinidade tóxica e relacionamento. Assim como as produções anteriores do diretor os filmes se entrelaça com a vida pessoal de Leos, gerando desconfortos e por vezes instabilidades na narrativa.
Noite Passada em Soho, Edgard Wright (Reino Unido)
Edgard Wright, reizinho da comédia britânica diluída em outros gêneros traz em seu novo longa uma viagem ao tempo. Uma jovem design de moda viaja para os anos 1960 e se encontra com um músico do qual é fã. Exibido no Festival de Veneza o filme não foi muito descrito, pois Edgard quer que as pessoas vivam intensamente essa aventura noturna em Soho.